Encontro Internacional
Continuidades e Descontinuidades do Registo Fóssil
11-14 de abril de 2024
São Pedro do Estoril, Cascais, Portugal
Inscrição
A evolução da vida na Terra caracteriza-se por variações graduais e por descontinuidades. Ambas desembocaram na atual biodiversidade. As continuidades mostram-se nas várias espécies existentes de organismos que apareceram há milhões de anos, e as grandes extinções em massa surgem como testemunho das descontinuidades que moldaram a evolução e que permitiram o aparecimento de novas espécies. Um dos exemplos mais elucidativos prende-se com a extinção dos dinossauros não-avianos, extinção que permitiu o desenvolvimento dos mamíferos e o consequente aparecimento da nossa espécie. Atualmente estamos preocupados com a variabilidade climática e com a extinção de várias espécies, que têm diminuído a biodiversidade. Serão estas alterações o resultado apenas da evolução geológica e biológica? Ou serão também consequência das atividades humanas? Neste encontro pretende-se discutir e debater a importância das continuidades e descontinuidades do registo fóssil, discutindo igualmente se estaremos perante os indícios de uma nova descontinuidade, pois, como afirmou a Diretora-Geral da UNESCO por ocasião da apresentação do Relatório Mundial da Biodiversidade «proteger a biodiversidade é tão vital quanto lutar contra as alterações climáticas».
Imagem do logotipo do encontro: Estilização da concha de um nautiloide. Os nautiloides pertencem a um grupo de moluscos marinhos, os Cefalópodes. Os Nautiloides, que apareceram nos inícios da era paleozoica, ainda têm representantes vivos, os nautilídeos, que terão aparecido no Triásico Superior, há cerca de 215 milhões de anos, sobrevivendo a duas extinções em massa, a do final do Triásico e a do final do Cretácico, sendo por isso bons representantes de uma continuidade do registo fóssil.
Imagem do cartaz: Folhas de Ginkgo biloba. Oriundo da China, o Ginkgo biloba é o único representante vivo de uma ordem taxonómica de plantas denominada Ginkgoales, que apareceu no Pérmico. No entanto, só no Jurássico Inferior é que terá aparecido o género Ginkgo. A espécie Ginkgo biloba, o único representante atual de uma longa linhagem de árvores, terá aparecido já no Quaternário, provavelmente evoluindo de formas semelhantes anteriores, como o Ginkgo adiantoides, que sobreviveu na Europa até há 2,5 milhões de anos.
Sessões
- As continuidades e descontinuidades na evolução e no registo fóssil:
- Extinções
- Evoluções
- Adaptações, Paleoambientes e Paleoecologia
- As continuidades e descontinuidades no registo estratigráfico
- As continuidades e descontinuidades no registo paleoicnológico e na evolução das plantas
- As continuidades e descontinuidades da evolução humana:
- Miscigenação versus extinção
- Descontinuidades e continuidades no registo arqueológico
- A arte rupestre e a representação das espécies plistocénicas
- A atualidade: o ambiente, a ecologia e a biodiversidade
- Continuidades e descontinuidades: didática e divulgação científica
Programa provisório
- Dia 11 abril 2024
- 19:00 - Jantar do Congresso (mediante inscrição)
- Dia 12 abril 2024
- 09:00 - Receção dos Participantes
- 09:30 - Sessão de Abertura
- 10:00 - Palestra de Abertura:
Cognitive planetary transitions: an Astrobiological Perspective on the "Sapiezoic Eon" , por Dr. David H. Grinspoon, NASA - National Aeronautics and Space Administration, USA - 11:00-17:00 - Apresentação de comunicações
- Dia 13 abril 2024
- 11:00-17:00 - Apresentação de comunicações
- Dia 14 abril 2024
- 09:00 - Visitas de Estudo (mediante inscrição)
Inscrições
- 1ª fase: até 18-2-2024
- Sócios do CPGP ou das Instituições parceiras: 45€
- Estudantes: 50€
- Público em Geral: 80€
- Participação Online: 15€
- 2ª fase: de 19-2-2024 a 05-4-2024
- Sócios do CPGP ou das Instituições parceiras: 70€
- Estudantes: 75€
- Público em Geral: 100€
- Participação Online: 15€
- Sessões Específicas
- Caso pretenda apenas participar em sessão(ões) específicas, o valor de inscrição é de 25€ por sessão, pelo que apenas tem de nos enviar um email para cpgp.congressos@gmail.com
Constituição das comissões
Comissão Científica
- Anthony Martin - Emory University, Department of Environmental Sciences (ENVS) Atlanta, Estados Unidos da América.
- Bruno Camilo Silva - Sociedade de História Natural, Torres Vedras, Portugal.
- Carlos Carvalho - Geoparque Naturtejo, Castelo Branco, Portugal.
- Cristiana Ferreira - Centro Português de Geo-História e Pré-História, Lisboa, Portugal; Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, Portugal.
- Eric Buffetaut - CNRS (UMR 8538), Laboratoire de Géologie de l'Ecole Normale Supérieure, PSL Research University, Paris, França.
- Fernando Coimbra - Centro Português de Geo-História e Pré-His tória, Lisboa, Portugal; Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, Portugal; Instituto Politécnico de Tomar, Portugal
- Ignacio Díaz Martínez - Departamento de Ciencias de la Tierra y Física de la Materia Condensada, Universidad de Cantabria, Santander, Espanha.
- Ismar Carvalho - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
- João Dinis - Cascais Ambiente, Portugal.
- Luís Azevedo Rodrigues - Centro Ciência Viva de Lagos, Portugal.
- Luís Raposo - ICOM - International Council of Museums, Portugal.
- Luiz Oosterbeek - Instituto Politécnico de Tomar, Portugal; Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, Portugal; Instituto Terra e Memória, Mação, Portugal.
- Maria Helena Henriques - Universidade de Coimbra, Portugal
- Mário Antas - Museu Nacional dos Coches, Lisboa, Portugal
- Mário Cachão -Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Portugal
- Miguel Feio - Escola Superior de Educação Jean Piaget, Almada, Portugal
- Pedro Proença Cunha - MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal.
- Pierluigi Rosina - Instituto Politécnico de Tomar, Portugal; Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, Portugal
- Silvério Figueiredo - Centro Português de Geo-História e Pré-História, Lisboa, Portugal; Instituto Politécnico de Tomar, Portugal; Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, Portugal.
- Smaine Chellat - University of Constantine, Argélia.
- Vanessa Antunes - Centro Português de Geo-História e Pré-História, Lisboa, Portugal.
- Xabier Pereda-Suberviola - Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea, Facultad de Ciencia y Tecnología, Departamento de Estratigrafía y Paleontología, País Basco, Espanha.
Comissão Organizadora
- Afonso José Vaz Ferreira
- Alice Duraud
- Américo Rosa
- Ana Maria Palma
- Fernanda Sousa
- Florbela Vasco
- Patrícia Bôto
- Paulo Regato
- Silvério Figueiredo
Entidade organizadora
- Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP)
- O Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP) é uma associação de investigação e de divulgação científica, sem fins lucrativos. Foi fundado em 15 de fevereiro de 1995 e em julho de 2017 foi reconhecido, pelo Governo Português, como entidade de utilidade pública. A sua atuação pode ser dividida em dois tipos principais de atividades:
- Investigação Científica
- Trabalhos de investigação de campo no âmbito da paleontologia e da arqueologia; trabalhos de gabinete e investigação de laboratório sobre os materiais recolhidos no decurso das campanhas de campo; colaboração em trabalhos de investigação realizadas por outras instituições que se enquadram na área de estudo do CPGP; desenvolvimento de parcerias através de assinatura de protocolos com outros organismos.
- Atividades de divulgação
- Exposições e conferências em escolas, museus e outros locais públicos, bem como publicações sobre temas ligados ao seu campo de estudo e de investigação.
Entidade Coorganizadora / Local de realização do Encontro:
- Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal (CIAPS), São Pedro do Estoril, Cascais, Portugal
- O Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal (CIAPS) é um espaço para desenvolvimento de atividades ambientais, culturais e educacionais, cuja missão é a divulgação de valores como a diversidade biofísica e a riqueza cénica que se gera do encontro da terra com o mar, junto à Área Marinha Protegida das Avencas (AMPA). Acreditamos que é a partir do conhecimento que mudamos atitudes e comportamentos para um mundo mais sustentável.